Desde que nascemos, mudamos. Até antes. Da união de um homem e mulher, ocorre a concepção de nosso ser e desde esse momento, mudamos. E mudamos para nos desenvolver, crescer, nascer.
Nascemos e com nosso nascimento trazemos mudanças à família que adentramos. Vamos construindo uma relação de amor com nossos pais, irmãos, familiares, que nos protegem do mundo, nos educam, vibram com nossas mudanças (e podem temer por elas também), conquistas de falar, andar, brincar, entrar na escola...
E esse amor da nossa família transforma aquele "bolinho de carne" inicial em um sujeito humanizado, que cada vez mais expressa seus desejos, vontades, sentimentos, temores. Logo, a partir do amor de outras pessoas nos tornamos humanos, e ao longo de toda a vida, vamos em busca desse sentimento.
Entramos na escola, descobrimos o amor fraternal, o carinho pela professora. Com pais e educadores da escola vamos aprendendo que limite também é sinal de amor - apesar de testá-los e fazermos birras de vez em quando. Desde cedo, vamos vendo que o amor também implica em frustração, em renúncia, em adiamento. O amor também diz não, ou agora não.
Crescendo mais um pouco, sobretudo na adolescência e início da vida jovem, descobrimos o amor dos amigos. A alegria de compartilhar, de dividir conquistas e dores, crescer junto, falar bobagens ou até mesmo refletir sobre a existência.