quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A mudança do segundo ano de um filho




O segundo ano de um novo ser que cada vez mais tem energia... E quanta energia!

No começo, os prazeres da festinha de um ano, preparativos, a festinha em si, a primeira vela soprada,
reunião de pessoas queridas,
alegrias que ficarão pra sempre guardadas no coração e lembradas com doçura nas fotografias.

Depois, a retomada das atividades, a mãe passa a olhar com mais vontade para outros interesses e atividades, afinal,
a delicadeza do primeiro ano de seu filho passou. Há mais tranquilidade na separação mãe e filho, a amamentação cessa como um processo natural na relação entre ambos. A mãe fica com menos neura, afinal, seu filho agora tem mais de um ano. O pai se empolga pois agora pode fazer brincadeiras mais movimentadas que os filhos curtem demais!

Hora de acompanhar os primeiros passos, as primeiras palavras, os primeiros tombos, as idas aos parquinhos, os abraços e carícias espontâneas que o filho dirige aos pais. A mudança de ter um filho que caminha, que cada vez mais se dirige à conquista de sua autonomia, ao mesmo tempo em que cada vez mais consegue expressar sua necessidade de aconchego, proximidade e de atenção intercalada com suas conquistas em direção do mundo.

É incrível como o desenvolvimento motor vai acelerando, um bebê que há poucos meses mal engatinhava, de repente já está até correndo... O caminhar vira uma diversão, andar certas distâncias, subir e descer morro, correr livre pela praça numa alegria sem tamanho, se dirigir com coragem para pista de dança e dançar encantando a todos, a espontaneidade do movimento da dança que cativa. Como aprender com a criança o encantamento com coisas tão simples? Coisas simples a nossos olhos viram fonte de grandes aventuras para nossos pequeninos andantes. Os brinquedos mais interessantes não são aqueles mais caros, mas coisas simples como pedrinhas, vasinhos vazios de flores.

Hora de sentir saudade de bebezinho, pois agora o que temos é um bebezão rumo à criança, saindo da dependência no rumo da independência (tarefa que vamos exercer por toda a vida). Já? Como passou rápido. Hora de retormar nossas questões existenciais, rever planos, projetos e sonhos, e quem sabe até sonhar com outro bebezinho mais pra frente?

Com o crescimento de nossos pequenos, também emergem novas sensações para nós pais, outros tipos de cansaços, diferentes dos anteriores. O desejo de compartilhar com outros pais os desafios das novas fases que passam nossos filhos, a necessidade de se adaptar a novas rotinas que emergem, de tirar forças (às vezes não sabemos de onde) para estar do lado deles e fornecer nosso cuidado amoroso, mesmo diante das dificuldades do cotidiano da vida adulta. Afinal, nós que somos adultos que nos viremos para dar conta da grande responsabilidade que é cuidar de um filho e educá-lo para vida. Nós fizemos a escolha de ser pais e temos um compromisso com a vida de nossa herança pro mundo.

Como li no blog Mamãe no divã: "Temos de aproveitar cada segundinho deles pequenininhos. Seremos pais por toda vida e eles crianças só uma vez." Que saibamos aproveitar os segundinhos com nossos pequenos, que expressemos nosso amor que deixará marcas para sempre na pessoa que nosso filho irá se tornar. Já percebemos que mesmo num dia exaustivo que tenhamos, um sorriso de nosso filho dirigido a nós nos lembram de que todo o cansaço, a responsabilidade, a imensa aventura e constante mudança que é ser pai, ser mãe, vale a pena. "Nada é sem custo, nada é barato. Mas este é o valor das coisas, por sua conquista."