sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"Não tenho mais 18 anos"



Às vezes ficamos tão distraídos... Novas mudanças mexem com nossa atenção e concentração diárias... E esquecemos coisas importantes... Por que será? Por que as mudanças mexem tanto com a gente, apesar de nosso desejo de que elas ocorram? Será que queremos esquecer do medo que temos de ter que enfrentar mais uma mudança?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Relações Familiares e Mudanças




Família. Todos nós nos constituímos no seio familiar. Quem somos, nossa personalidade, nossas escolhas, nossas fantasias, tudo isso parte do que vivenciamos em nossa família de origem, o que não significa que se limite a essas nossas vivências familiares iniciais. Podemos fazer parecido ou diferente que nossa família, mas muitas vezes o modelo (o que queremos ser também) ou anti-modelo (o que não queremos repetir da nossa história familiar) se convergem na mesma referência: nossa família.

Lacan dizia: "É da separação que surge o sujeito. É da separação que surge a vida." Para nascer, temos que nos separar da proteção que antes tínhamos no ventre materno. E quanto mais crescemos, mas sentimos necessidade desses momentos de diferenciação de nossa família, enquanto em outros precisamos beber de sua fontes de aconchego e proteção.

Afastamentos e aproximações. Podemos perceber que esse movimento constante pode estar guiando nossas relações familiares: o sair e o retornar ao seio familiar. Ora nos mantemos em estreita relação com nossa família, ora saímos e vemos outras formas de ser no mundo, outras possiblidades, outros modos de agir para além do modo de nossa família. Então, percebemos que o mundo é bem maior que o mundo familiar que vivenciamos. E que podemos escolher novos caminhos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Amigos e Mudanças II

É inexplicável. Você pode ficar dias, meses, anos, sem ver aquela pessoa querida. E quando a reencontra, parece que foi ontem que vocês estiveram juntos, e a afinidade permanece a mesma, apesar das mudanças que aconteceram na vida de cada um. Ontem ansiávamos por situações que hoje vivenciamos. Ontem não tínhamos idéias das situações que enfrentaríamos hoje. E continuamos amigos.
Afinidade é algo surpreende. Torna familiar aquela pessoa que não é de seu sangue, mas pode muitas vezes ser mais próxima que um parente. Torna familiar uma pessoa que você acabou de conhecer, ou que não vê há muito tempo.
Mudanças não nos tiram as amizades que conquistamos, mudanças nos propiciam ampliar nosso leque de amizade ao nos propociar novos belos encontros com novos amigos e com antigos também. Agradeço a todos os meus amigos.
Para celebrar essa situação, nada como a palavra do grande poetinha:

Amigos (Vinícius de Moraes)

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem juntos de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos.
A gente não faz amigos, reconhece-os.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Silêncio na Espera: Outra Mudança

E o novo mês chega.
E o novo se confirma.
A novidade imediata.
Surpresas da vida.

Eu que tinha me calado.
Mais uma possibilidade de mudança me assusta.
(Quando vou parar de me assustar???)
Que nem quis falar.

Silêncio.
Calma, há tempo.
Não é tão imediato assim.
E o silêncio toma conta.
E a ansiedade vem em alguns instantes
de diferentes formas...
e, em outros,
vida que segue seu rumo.

Aquilo a que me apeguei com tanta firmeza...
o que me parecia tão estável
(mas já me trazia descontentamentos)
o mar da vida acena em levar,
para que outro possa vir.
Outra onda de desafio.
Que eu mesma busquei.

Mas não será da mesma forma.
E mais ciente da transitoriedade.
O apego não será tamanho.

Alegrias, desafios, responsabilidades,
dificuldades, hesitações, experiências.
Experiências.
Incontáveis.
Inominável tudo o que passei.

Mas é hora de mudar.
Calma, ainda tem um tempinho.
Um tempinho pra me preparar.
Apesar de não haver preparo.
Há vida.
Há risco.
Há o novo.
Há...
Mudanças...
Vamos mergulhar...

"Que é pra eu me guardar
mudanças estão por vir..."

Marina Lima

"É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caimos
"
Moska